Alopécia

 

A alopécia  ou calvície é a ausência de cabelo em uma, várias ou todas as partes do corpo, que pode ser provocada por múltiplas causas.

Diariamente, crescem novos cabelos e outros caem na nossa cabeça, de acordo com um ciclo de vida que se renova interruptamente.

 

Todos os cabelos do nosso corpo estão ativos e imersos num ciclo vital. Entre 130.000 e 150.000 pêlos cobrem o nosso corpo, ainda que nem todos cresçam à mesma velocidade, o do couro cabeludo fá-lo numa média de 1 mm a cada 3 dias, enquanto o das sobrancelhas ou do corpo o faz de uma forma mais lenta.

 

 Cada pêlo consiste numa raíz situada num folículo piloso e um caule que se projeta para cima, acima da superfície da epiderme. Uma glândula sebácea desemboca dentro de cada folículo ao mesmo tempo que um feixe de fibras musculares lisas une-se a cada pêlo.

 

Dentro de cada ciclo do folículo podemos distinguir três fases: de crescimento ou anágeno; de transição ou catágeno e de repouso ou telógeno.

Da mesma forma, existem sinais que anunciam a queda do cabelo, como a caspa, gordura, comichão, queda excessiva e enfraquecimento do cabelo. É importante saber reconhecê-los e saber que podemos fazer para manter a saúde do cabelo.


A duração deste ciclo varia em função da idade e da região do corpo, bem como do comprimento e grossura do cabelo ou penugem.

 

A matriz capilar é sensível a todo o tipo de perturbações, daí que os problemas capilares podem ser motivados por maus hábitos para os cabelos como uma má alimentação, problemas hormonais, infeções, stress, anemias, estiramento continuado do cabelo, abusos de tintas e géis, etc.

 

 A produção excessiva de gordura impede o desenvolvimento normal do cabelo, provocando a obstrução dos folículos pilosos e este problema, na maioria dos casos, é responsável pelo aparecimento daquilo a que chamamos alopécias seborreicas.

 

A caspa é uma alteração celular no couro cabeludo que provoca o desprendimento maciço das células procedentes da camada córnea.

Alguns dos fatores que podem provocá-la são o uso inadequado de cosméticos, a baixa de defesas cutâneas ou o excesso de gordura (sebo).

A vida exige cada vez mais de nós. Isto faz com que o stress seja uma das causas da queda de cabelo.

Isto pode detetar-se por estados de ânimo com a tendência para a ansiedade, os nervos, a má disposição ou a depressão, o que provoca uma queda repentina de mechas de cabelo em zonas localizadas ou uma queda excessiva que anteriormente não se produzia, bem como um excesso de gordura ou a degradação do seu aspeto.

Nos dias de hoje, a preocupação por estar em forma e para evitar o excesso de peso faz com que a maioria das pessoas sigam algum tipo de dieta.

 

Com muita frequência, as dietas não se efeituam sob controlo médico e, ainda que não se chegue à situação limite da anorexia, a renúncia a uma ingestão equilibrada de alimentos pode privar o organismo de nutrientes e vitaminas imprescindíveis. Se não se tomarem medidas preventivas, esta situação pode ocasionar o enfraquecimento do cabelo antes da queda dele.

Além disso, os agentes externos como o Sol, os abusos de tintas, as permanentes, os secadores com ar excessivamente quente e os estiramentos de cabelo e tratamentos para alisar o cabelo enfraquecem o cabelo.

A quimioterapia aplicada à eliminação de tumores é um tratamento que costuma dar origem a diversos tipos de alopécia.

 

É um efeito secundário do tratamento oncológico que não aparece sempre, uma vez que depende fundamentalmente do tipo de fármaco utilizado.

Existe a possibilidade que a queda de cabelo seja generalizada (ou seja, que para além de afetar o couro cabeludo, também afete outras partes do corpo como: axilas, braços, pernas, sobrancelhas, pestanas, etc.) ou simplesmente localizada.
 Os tratamentos oncológicos provocam efeitos secundários no cabelo. Normalmente, a queda de cabelo produz-se nas primeiras sessões (2ª ou 3ª semana de tratamento contra o cancro), pelo que é recomendável procurar uma solução capilar o mais depressa possível.

 

 

Uma vez finalizado o tratamento, voltará a recuperar todo o cabelo, mas nem sempre voltará a ser como era antes, podendo mudar de cor ou tonalidade e até ficar encaracolado. A perda de cabelo devido ao cancro é sempre temporária. Podem aplicar-se diretrizes simples para o enfrentar da melhor forma possível e ajudar à sua posterior recuperação.

A perda do cabelo é um dos efeitos secundários dos tratamentos oncológicos mais temidos pelos doentes, especialmente pelas mulheres. Perder cabelo devido ao cancro tem influência no estado de espírito perante a doença, transformando-se numa fardo, não só psicológico, mas também físico.

 

 A calvície na mulher é devida principalmente a diversos fatores internos como os desequilíbrios hormonais, a gravidez e a menopausa, ou fatores externos como o stress ou uma deficiente alimentação.

 

Ao contrário dos homens, a queda do cabelo nas mulheres nota-se por uma perda de densidade importante na parte frontal e superior da cabeça, dissipando-se no couro cabeludo, sem chegar a uma calvície total. Isto preocupa-as especialmente pelas consequências estéticas que implicam e as suas repercussões psicológicas.

 

A Alopécia feminina tem duas etapas críticas:

Durante a gravidez e no imediato pós-parto produzem-se perturbações ou reordenamentos hormonais. A queda de cabelo não costuma ser permanente, mas até se normalizar pode passar entre seis meses até um ano, pelo que é conveniente um tratamento para evitar que se feche a papila e fortalecer o cabelo. Se passados 6 meses, se continuar a ver uma queda excessiva importante, contactar um especialista, pois pode significar o começo de um processo crónico.

Com a menopausa produzem-se alterações hormonais definitivas. A partir dos 45-50 anos, a mulher começa a ter uma diminuição da hormona feminina (estrogénios) provocando que as hormonas masculinas que até aí estavam inibidas comecem a atuar sobre o cabelo, enfraquecendo-o e produzindo a sua queda (da mesma forma que nos homens).

 

A Alopécia Androgénica é o tipo de alopécia mais comum e afeta, de alguma forma, a maioria dos homens.

90% dos homens maiores de 21 anos apresentam alguma reentrância na zona das entradas e 50% dos homens maiores de 40 anos tem a zona do cocuruto despovoada.

Em resumo, 5 em cada 10 homens (maiores de 40 anos) sofrem de alopécia na zona das entradas e cocuruto e 9 de cada 10 (maiores de 21 anos) padecem de alopécia apenas na zona das entradas.


Sobre hábitos nocivos:

Fumar enfraquece o cabelo?
Para que o couro cabeludo produza excesso de gordura, tem que haver, principalmente, uma predisposição individual. O fumar produz muitas complicações, mas não se comprovou que este seja um fator que enfraquece o cabelo.

A medicação pode fazer com que o cabelo caia?
Efetivamente, comprovou-se que não apenas os tratamentos de (antineoplásicos) produzem uma queda de cabelo, mas também quimioterapia um grande número de medicamentos utilizados em clínica habitual podem afetar o crescimento do cabelo (anticoagulantes, antidepressivos, anticoncetivos...)

Se comer mal, o cabelo ressente-se?
O cabelo é um extraordinário marcador de saúde, é o primeiro que reflete alguma anomalia, alguma carência ou excesso de nutrientes... pelo que a alimentação é fundamental para a saúde do cabelo.

A alimentação desempenha um papel muito importante no aumento de secreção de sebo. Assim, as dietas ricas em alimentos lipídicos podem proporcionar o aparecimento deste problema. Por isso, é importante seguir uma dieta equilibrada para conservar um bom estado de saúde física.

Lavar o cabelo ajuda ou prejudica a queda de cabelo?
Lavar o cabelo  diariamente é bom, sempre que se utilizem champôs adequados, como são os champôs neutros.

O secador prejudica o cabelo?
O uso não prejudica, o abuso, sim. O ideal é utilizá-lo a baixa temperatura e não aproximá-lo do cabelo para não danificar o couro cabeludo.


Os fixadores danificam?
Sim, se pensarmos que a sua correta aplicação deveria ser sobre o cabelo, mas, lamentávelmente, se estende também sobre a pele, o que provoca o fecho da abertura do folículo e o endurecimento artificial do caule. Tudo isto faz com que o cabelo seja mais débil e frágil.


As tintas ou modeladores danificam?
Indubitavelmente o uso das tintas não é bom para o cabelo, já que têm componentes como o amoníaco que o danificam na sua estrutura. Contudo, a tinta danifica o cabelo, não o couro cabeludo, pelo que não produzirá uma queda de cabelo, mas danificará a qualidade do pêlo.

Rapar o cabelo soluciona a calvície?
Ainda que seja saudável sanear as pontas para que o cabelo tenha melhor aspeto, não se encontrou relação causa-efeito que comprove o facto do cabelo ser fortalecer com este processo. O problema da queda de cabelo não está no caule, mas no folículo piloso.


A queda de cabelo é sempre um problema?
Se tivéssemos que dar um dado, diríamos que perder de 50 a 100 cabelos seria o normal. No entanto, o problema não está tanto na quantidade que cai, mas como cai... se o cabelo cai, mas é substituído, então não há qualquer problema. O problema dá-se quando esse cabelo que cai não é substituído por outro. 

O excesso de gordura está relacionado com a queda de cabelo?
Sim. A produção excessiva de gordura (sebo) impede o desenvolvimento normal do cabelo, provocando um enfraquecimento do cabelo e, na maioria dos casos é responsável pelo aparecimento do que chamamos alopécias seborreicas.

De igual modo, os fatores hormonais também podem favorecer o desenvolvimento desta patologia. De facto, os androgénicos têm um efeito estimulante sobre o crescimento e secreção das glândulas sebáceas.

A seborreia produz uma descamação do couro cabeludo acompanhado de comichão, sendo esta a causa do contínuo coçar do couro cabeludo e, por isso, a destruição do cabelo. Costuma evoluir em surto, isto é, aparece espontaneamente, com momentos de maior intensidade e outros de melhoria, podendo chegar a desaparecer. Mas não só afeta o couro cabeludo, já que pode estender-se até à zona das sobrancelhas, por detrás da orelha e em redor das alas do nariz em forma de escamas e vermelhidão.

É impossível eliminar a caspa?
A caspa é compreendida como o resultado de uma combinação de fatores. Pode ser um sintoma de seborreia, de psoríase ou micose. Os sintomas da caspa podem ser agravados por exposição ao pó, a luz ultravioleta, champôs demasiado fortes e tintas para o cabelo.

Em cada pessoa o cabelo cai numa idade diferente?
Nos homens, a queda pode começar pelos 20 anos e nas mulheres, pelos 30.

Há uma "época de queda"?
Tudo influência. O fator mais concludente é o genético, mas há outros fatores como a alimentação, os hábitos de higiene, o stress, as mudanças estacionais, (especialmente o Outono), a gravidez ou a menopausa no caso das mulheres ... que influenciam a queda do cabelo.

As mulheres que deram à luz recentemente cai-lhes mais o cabelo?
O que ocorre é que durante a gravidez, o cabelo tende a permanecer mais tempo na etapa de descanso. Isto é, uma parte mais extensa do cabelo está na etapa de descanso. Por isso, cai menos cabelos por dia e isso dá a impressão de que o cabelo é mais abundante e grosso.

Depois do parto, encurta-se a fase de descanso. O cabelo cai mais e começa a crescer cabelo novo. A perda normal do cabelo que se adiou com a gravidez vem ao mesmo tempo. Isso dá a impressão que o cabelo tem menos volume que o normal.

Essa queda de cabelo começa aos 3 meses após o parto e não costuma ser permanente, mas até se normalizar podem passar 6 meses, pelo que é conveniente um tratamento para evitar que se feche a papila e fortalecer o cabelo.

 

 

 


 

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